Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
https://www.eanjournal.org/article/doi/10.1590/2177-9465-EAN-2022-0396en
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
Pesquisa

Transition of care for women in the puerperal period at hospital discharge

Transición de la atención a la mujer en el período puerperal al alta hospitalaria

Transição do cuidado à mulher no período puerperal na alta hospitalar

Gisele Knop Aued; Evangelia Kotzias Atherino dos Santos; Marli Terezinha Stein Backes; Davydson Gouveia Santos; Kalende das Misérias de Menezes Kalivala; Daniela Rosa de Oliveira

Downloads: 0
Views: 124

Abstract

Objective: to describe nurses’ activities in transition of care for puerperal women from hospital care to other services in the health care network.

Method: exploratory-descriptive research, developed in the rooming-in of a federal university hospital in southern Brazil. Data were collected remotely, between November and December 2020, through a semi-structured questionnaire via the SurveyMonkey electronic platform with five nurses and four resident nurses. Analysis followed Bardin’s content structure with the support of Qualitative Data Analysis Miner software.

Results: the activities carried out by nurses in transition of care for puerperal women included discharge guidelines and educational actions for puerperal women. Elements such as lack of communication between rooming-in professionals and other services in the Health Care Network and nurses’ workload were considered barriers to transition of care to puerperal women.

Conclusion and implications for practice: although nurses undertake efforts in transition of care to puerperal women through guidance and education for discharge, it is essential to outline management strategies in order to implement a set of systematized actions to ensure continuity of care for puerperal women.

Keywords

Hospital Discharge; Transitional Care; Nurses; Postpartum Period; Health Services

Resumen

Objetivo: describir las actividades de los enfermeros en la transición de la atención hospitalaria a los demás servicios de la Red de Atención a la Salud de la puérpera.

Método: investigación exploratoria-descriptiva, desarrollada en el alojamiento conjunto de un hospital universitario federal en la región sur de Brasil. Los datos se recolectaron de forma remota, entre noviembre y diciembre de 2020, a través de un cuestionario semiestructurado a través de la plataforma electrónica SurveyMonkey con cinco enfermeras y cuatro enfermeras residentes. El análisis siguió la estructura de contenido de Bardin, con el apoyo del software Qualitative Data AnalysisMiner.

Resultados: las actividades realizadas por los enfermeros en la transición del cuidado a la puérpera incluyeron orientaciones de alta y acciones educativas para la puérpera. Elementos como la falta de comunicación entre los profesionales del alojamiento conjunto y otros servicios de la Red de Atención a la Salud y la carga de trabajo de los enfermeros fueron considerados barreras para la transición del cuidado a la puérpera.

Conclusión e implicaciones para la práctica: si bien los enfermeros realizan esfuerzos en la transición del cuidado a la puérpera a través de la orientación y educación para el alta, es fundamental delinear estrategias de gestión para implementar un conjunto de acciones sistematizadas para garantizar la continuidad del cuidado posparto.

Palabras clave

Alta Hospitalaria; Cuidado de Transición; Enfermeros; Periodo Posparto; Servicios de Salud

Resumo

Objetivo: descrever as atividades dos enfermeiros na transição do cuidado à puérpera da atenção hospitalar para os demais serviços da Rede de Atenção à Saúde.

Método: pesquisa exploratório-descritiva, desenvolvida no alojamento conjunto de um hospital universitário federal na região Sul do Brasil. Os dados foram coletados remotamente, entre novembro e dezembro de 2020, por meio de um questionário semiestruturado via plataforma eletrônica SurveyMonkey com cinco enfermeiros e quatro enfermeiros residentes. A análise seguiu a estrutura de conteúdo de Bardin, com apoio do software Qualitativa Data Analysis Miner.

Resultados: as atividades desenvolvidas pelos enfermeiros na transição do cuidado à puérpera incluíram as orientações de alta e ações educativas às puérperas. Elementos como a falta de comunicação entre os profissionais do alojamento conjunto e dos demais serviços da Rede de Atenção à Saúde e a sobrecarga de trabalho dos enfermeiros foram considerados barreiras para a transição do cuidado à puérpera.

Conclusão e implicações para a prática: apesar de os enfermeiros empreenderem esforços na transição do cuidado à puérpera por meio de orientações e educação para a alta, é essencial o delineamento de estratégias gerenciais, a fim de implementar um conjunto de ações sistematizadas para assegurar a continuidade do cuidado à puérpera.

Palavras-chave

Alta Hospitalar; Cuidado Transicional; Enfermeiros; Período Pós-Parto; Serviços de Saúde

Referências

1 Pinto IR, Martins VE, Oliveira JF, Oliveira KF, Paschoini MC, Ruiz MT. Adherence to puerperal consultation: facilitators and barriers. Esc Anna Nery. 2021 nov;25(2):e20200249. http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2020-0249.

2 Ministério da Saúde (BR). Datasus [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2020 [citado 2023 mar 16]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/mat10uf.def

3 Coleman EA, Boult C. Improving the quality of transitional care for persons with complex care needs. J Am Geriatr Soc. 2003 abr;51(4):556-7. http://dx.doi.org/10.1046/j.1532-5415.2003.51186.x. PMid:12657079.

4 Shahsavari H, Zarei M, Mamaghani JA. Transitional care: concept analysis using Rodgers’ evolutionary approach. Int J Nurs Stud. 2019 nov;99:103387. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2019.103387. PMid:31442782.

5 ACOG Committee Opinion. Optimizing postpartum care. Am Coll Obstet Gynecol [Internet]. 2018 mai; [citado 2022 set 20];131(5):e140-50. Disponível em: https://www.acog.org/-/media/project/acog/acogorg/clinical/files/committee-opinion/articles/2018/05/optimizing-postpartum-care.pdf

6 Portaria nº 715, de 4 de abril de 2022 (BR). Altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 3, de 28 de setembro de 2017, para instituir a Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami). Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 6 abr 2022 [citado 2023 mai 31]. Disponível em: https://in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-715-de-4-de-abril-de-2022-391070559

7 Ministério da Saúde (BR). Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

8 Resolução nº 516, de 23 de junho de 2016 (BR). Normatiza a atuação e a responsabilidade do Enfermeiro, Enfermeiro Obstetra e Obstetriz na assistência às gestantes, parturientes, puérperas e recém-nascidos nos Serviços de Obstetrícia, Centros de Parto Normal e/ou Casas de Parto e demais locais onde ocorra essa assistência e estabelecer critérios para registro de títulos de Enfermeiro Obstetra e Obstetriz no âmbito do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 27 jun 2016 [citado 2023 mai 31]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-05162016_41989.html

9 Silva EC, Pereira ES, Santos WN, Silva RAR, Lopes NC, Figueiredo TAM et al. Puerperium and nursing assistance: women’s perception. Rev Enferm UFPE On Line. 2017 jul;11(Supl 7):2826-33. http://dx.doi.org/10.5205/reuol.11007-98133-3-SM.1107sup201702.

10 Assis TR, Chagas VO, Goes RM, Schafauser NS, Caitano KG, Marquez RA. Implementação da Rede Cegonha em uma regional de saúde do estado de Goiás: o que os indicadores de saúde mostram sobre atenção materno-infantil. Rev Electron Comun Inf Inov Saude. 2019 dez;13(4):843-53. http://dx.doi.org/10.29397/reciis.v13i4.1595.

11 Gonçalves CS, Cesar JA, Marmitt LP, Gonçalves CV. Frequency and associated factors with failure to perform the puerperal consultation in a cohort study. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2019 jan/mar;19(1):63-70. http://dx.doi.org/10.1590/1806-93042019000100004.

12 Corrêa MSM, Feliciano KVO, Pedrosa EM, Souza AI. Acolhimento no cuidado à saúde da mulher no puerpério. Cad Saude Publica. 2017 abr;33(3):e00136215. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00136215. PMid:28380144.

13 Gonçalves RL, Penna CMM. Everyday scenes of care: the stork network under construction. Rev Min Enferm. 2019 jan;23:e-1237. http://dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20190085.

14 Martins SN, Julião e Silva JF, Rodrigues DP, Fialho AVM. Ações de enfermagem no período puerperal na atenção primária à saúde. Rev Tendên Enferm Profis [Internet]. 2012 [citado 2022 set 20];4(4):833-8. Disponível em: http://www.coren-ce.org.br/wp-content/uploads/2019/01/A%C3%A7%C3%B5es-de-Enfermagem-no-Per%C3%ADodo-Puerperal-na-Aten%C3%A7%C3%A3o-Prim%C3%A1ria-%C3%A0-Sa%C3%BAde.pdf

15 Bernardino E, Silva OBM, Gallo VCL, Vilarinho JOV, Silva OLS, Selleti JDN. Enfermeiras de ligação na gestão de altas do complexo hospital de clínicas. Enferm Foco. 2021;12(7, Supl 1):72-6. http://dx.doi.org/10.21675/2357-707X.2021.v12.n7.SUPL.1.5164.

16 Silva OB, Bernardino E, Silva OL, Rorato C, Rocha DJ, Lima LS. Enfermeiro de ligação de uma maternidade de risco habitual: dados de contrarreferências. Enferm Foco. 2021;12(1):79-85. http://dx.doi.org/10.21675/2357-707X.2021.v12.n1.4048.

17 Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.

18 Burke RE, Kripalani S, Vasilevskis EE, Schnipper J. Moving beyond readmission penalties: creating an ideal process to improve transitional care. J Hosp Med. 2013 fev;8(2):102-9. http://dx.doi.org/10.1002/jhm.1990. PMid:23184714.

19 Zanetoni TC, Cucolo DF, Perroca MG. Alta hospitalar responsável: validação de conteúdo de atividades do enfermeiro. Rev Gaúcha Enferm. 2022 mai;43:e20210044. http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2022.20210044.en. PMid:35613237.

20 Portaria n. 2.068, de 21 de outubro de 2016 (BR). Institui diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada à mulher e ao recém-nascido no Alojamento Conjunto. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 24 out 2016 [citado 2023 mai 31]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt2068_21_10_2016.html

21 Kleppel L, Suplee PD, Stuebe AM, Bingham D. National Initiatives to improve systems for postpartum care. Matern Child Health J. 2016 nov;20(Supl 1):66-70. http://dx.doi.org/10.1007/s10995-016-2171-1. PMid:27531012.

22 Weissmann-Brenner A, Heusler I, Manteka R, Dulitzky M, Baum M. Postpartum visits in the gynecological emergency room: how can we improve? BMC Pregnancy Childbirth. 2020 mai;20(1):278. http://dx.doi.org/10.1186/s12884-020-02927-7. PMid:32381028.

23 Bittencourt SDA, Cunha EM, Domingues RMSM, Dias BAS, Dias MAB, Torres JA et al. Nascer no Brasil continuity of care during pregnancy and postpartum period for women and newborns. Rev Saude Publica. 2020 nov;54:100. http://dx.doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054002021. PMid:33146323.

24 Baratieri T, Natal S. Postpartum program actions in primary health care: an integrative review. Cien Saude Colet. 2019 out;24(11):4227-38. http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320182411.28112017. PMid:31664395.

25 Yee LM, Martinez NG, Nguyen AT, Hajjar N, Chen MJ, Simon MA. Using a patient navigator to improve postpartum care in an urban women’s health clinic. Obstet Gynecol. 2017 mai;129(5):925-33. http://dx.doi.org/10.1097/AOG.0000000000001977. PMid:28383374.

26 Coffey A, Mulcahy H, Savage E, Fitzgerald S, Bradley C, Benefield L et al. Transitional care interventions: relevance for nursing in the community. Public Health Nurs. 2017 set;34(5):454-60. http://dx.doi.org/10.1111/phn.12324. PMid:28374544.

27 Aued GK, Bernardino E, Lapierre J, Dallaire C. Liaison nurse activities at hospital discharge: a strategy for continuity of care. Rev Lat Am Enfermagem. 2019 ago;27:e3162. http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.3069.3162. PMid:31432917.

28 Psaila K, Kruske S, Fowler C, Homer C, Schmied V. Smoothing out the transition of care between maternity and child and family health services: perspectives of child and family health nurses and midwives’. BMC Pregnancy Childbirth. 2014 abr;14(1):151. http://dx.doi.org/10.1186/1471-2393-14-151. PMid:24766674.

29 Aquino MRJV, Olander EK, Needle JJ, Bryar RM. Midwives’ and health visitors’ collaborative relationships: a systematic review of qualitative and quantitative studies. Int J Nurs Stud. 2016 out;62:193-206. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijnurstu.2016.08.002. PMid:27522239.

30 Pellett C. Discharge planning: best practice in transitions of care. Br J Community Nurs. 2016 nov;21(11):542-8. http://dx.doi.org/10.12968/bjcn.2016.21.11.542. PMid:27809581.

31 Silva LBRAA, Angulo-Tuesta A, Massari MTR, Augusto LCR, Gonçalves LLM, Silva CKRT et al. Evaluation of the Rede Cegonha: feedback of results for Brazilian maternity hospitals. Cien Saude Colet. 2021 mar;26(3):931-40. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232021263.25782020. PMid:33729348.

32 Lima MADS, Magalhães AMM, Oelke ND, Marques GK, Lorenzini E, Weber LAF et al. Care transition strategies in Latin American countries: an integrative review. Rev Gaúcha Enferm. 2018 nov;39(0):e20180119. http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2018.20180119. PMid:30517436.
 


Submetido em:
03/11/2022

Aceito em:
31/05/2023

67c9e447a95395192d5b851a ean Articles

Esc. Anna Nery

Share this page
Page Sections